PUC-Rio desenvolve simulador para curso a distância da IBM

No final de 2012, a IBM assinou com a CCEAD PUC-Rio um contrato para que fosse desenvolvido um curso a distância sobre o sistema operacional AIX. A novidade estava na elaboração de um simulador programado para auxiliar os alunos na realização de aulas práticas, sem a necessidade de dispor de acesso a servidores on-line.

O simulador deveria, portanto, reproduzir em um ambiente off-line o ambiente de um sistema AIX, com a interface e navegação próximas ao real. O curso seria oferecido a alunos de todo o mundo, mas rodado a partir do SENAI da Bahia, parceiro da IBM.

Ricardo Basílio, gerente de projetos da CCEAD, explica por que o simulador era uma peça chave deste curso: “Em um curso a distância, era uma tarefa bastante complicada dar acesso ao sistema para todos os alunos. Na realidade, o curso já existia de forma presencial e essa questão era facilmente resolvida dentro de sala de aula. Porém, no curso presencial não era viável atingir o vasto público existente. Daí a opção de oferecer o curso a distância. Porém, como já disse, neste caso, esbarrávamos no problema do acesso ao sistema. Seria preciso uma configuração especial, além de ambiente e infraestrutura complexos demais para manter para todos os alunos”.

Foi então que entrou em cena o Laboratório de Engenharia de Software (LES), responsável por elaborar projetos inovadores de pesquisa avançada em áreas de engenharia de software que precisam da aplicação e análise de técnicas e soluções altamente complexas.

Sergio Cerqueira foi convidado para desenvolver o simulador e conta como foi o processo inicial: “Quem começou o trabalho foi o Bruno Siqueira, mas ele precisou deixar o projeto e eu dei continuidade. Sabia que o objetivo era construir um simulador de sistema operacional em Linux, bastante flexível e desassociado a uma tecnologia. Sabia também que deveria poder ser imputado de forma fácil em navegadores – no Moodle, a princípio – e que a linguagem usada era a chamada Java script. Com essas informações, comecei a trabalhar”.

A CCEAD desenvolveu um módulo para que fosse fácil a instalação e configuração do simulador e o desafio seguinte foi criar exercícios como se o aluno estivesse no sistema da IBM: “Nossa responsabilidade seria desenvolver uma linguagem que fosse lida pelo sistema e convertida em forma de questões para os alunos. Conseguimos fazer isso e o resultado final ficou bem legal”.

Após dois meses de trabalho, o simulador ficou pronto. Para Sergio Cerqueira, o projeto foi concluído com sucesso: “Basicamente, nós, do Laboratório de Engenharia de Software, tentamos desenvolver uma interface fácil de usar e intuitiva para os alunos. Acho que alcançamos este objetivo. Esperamos, agora, o feedback dos alunos”.