O que é preciso para ficar entre os finalistas de um concurso com 68 mil participantes? Cesar Augusto, aluno de design da PUC-Rio e estagiário da CCEAD, tem a resposta. Em 2011, ele se inscreveu e ficou entre os seis finalistas do Your Big Year, uma espécie de reality show organizado pela Smaller Earth com candidatos do mundo inteiro. O prêmio: uma viagem para conhecer e trabalhar com empreendedorismo social pelos cinco continentes durante um ano.
Cesar resolveu entrar no concurso para, entre outros motivos, testar seus limites, saber até onde conseguiria chegar num evento de âmbito global. “A possibilidade de conhecer diversos países, entrar em contato com diferentes culturas e conhecer pessoas novas seria uma forma de sair da minha zona de conforto e expandir a visão de mundo que tenho”.
A experiência lhe permitiu ter uma melhor noção dos seus pontos fortes e fracos e, assim, amadurecer e evoluir. Ele acredita que o autoconhecimento é o mais importante para se conseguir atingir objetivos. “Como mudar as coisas sem sequer conhecer um pouco de si mesmo?”, questiona. E imediatamente completa: “antes de voar é preciso descobrir onde estão as suas asas”.
A fase eliminatória do concurso aconteceu em duas etapas. O objetivo da primeira etapa era filtrar os mais de sessenta mil inscritos e definir um grupo de 111 semifinalistas. Foram testadas as habilidades de engajamento em mídias sociais e a capacidade de trabalhar em parceria com pessoas de diferentes culturas.
“Durante a competição trabalhei com pessoas da Nova Zelândia, Filipinas, Rússia, Colômbia, entre outros países e precisei utilizar diversas ferramentas que conheci durante o meu trabalho com educação a distância. Trabalhar nesta área melhorou a minha capacidade de comunicar ideias e desenvolver projetos, mesmo quando não há encontros presenciais, uma habilidade essencial para ser bem sucedido em projetos globais”, conta Cesar Augusto.
A segunda etapa eliminatória consistiu em três tarefas: participar ou criar um evento para a Semana Global de Empreendedorismo e divulgar um press release para a imprensa sobre isso, produzir um vídeo de dois minutos explicando por que o candidato deveria ser um finalista
e entrevistar três personalidades importantes de seu país.
Mais uma vez, a vivência adquirida na Coordenação Central de Educação a Distância ajudou o aluno da PUC-Rio: “a estrutura da CCEAD possibilitou o meu desenvolvimento pessoal e profissional e isso permitiu que eu fosse bem sucedido em tarefas em que eram necessárias boa desenvoltura e boa comunicação. Entrei em contato com grandes personalidades do nosso país, como o técnico de vôlei Bernardinho e o violonista Fábio Zanon, e minha experiência na CCEAD foi muito importante para eu saber como abordar estas personalidades e como conseguir o que eu precisava delas“.
Cesar Augusto contou também com o apoio dos seus colegas de trabalho, que o ajudaram a chegar à grande final, disputada em Liverpool, na Inglaterra.
O mais inusitado da viagem foi ser acompanhado por câmeras constantemente. “A etapa final do concurso foi filmada e será transformada em um documentário. No começo, senti certo estranhamento, mas a rotina de gravações me ajudou a desenvolver a capacidade de lidar com a mídia.
Depois de um tempo, cheguei ao ponto de sonhar que estava sendo filmado, mas já estava acostumado”.
Outra dificuldade superada foi a língua: ele não estava acostumado a conversar em inglês. A adaptação foi rápida, afinal, esse era o idioma comum dos jovens empreendedores e das personalidades presentes no evento.
O finalista carioca orgulha-se de ter conhecido pessoas como Sir Richard Branson, fundador e presidente do Grupo Virgin, Sir Terry Leahy, ex-CEO da Tesco e eleito o melhor empresário europeu pela revista Fortune em 2004 e pelo Wall Street Journal em 2005; e Ashok Rao, produtor de filmes em Hollywood e presidente da TiE Global Board, a maior organização de empreendedores do mundo.
“Não tem preço poder ouvir casos do passado dessas pessoas, receber conselhos e ser avaliado por elas. Todas são muito persistentes e apaixonadas pelo que fazem, o que as ajudou a lidar com os erros e a buscar novos caminhos para alcançar objetivos. Este foi um grande aprendizado para mim. Com certeza, tudo que vi e vivi será muito útil daqui para frente”.
O sonho de mudar o mundo está apenas começando.